UNIVERSIDADE
FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO
DE CIENCIAS APLICADAS E EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO
DE CIENCIAS EXATAS
LICENCIATURA
EM CIENCIAS DA COMPUTAÇÃO
AVALIAÇÃO
DE APRENDIZAGEM
JOSEVAL
MIRANDA
OTACISO
DA SILVA
Ser professora: avaliar e ser avaliada
A autora
esclarece que a avaliação como tarefa docente, mobiliza corações e mentes,
desejos e possibilidades, já que avaliar é uma tarefa que dá identidade à
professora, normatiza sua ação, define etapas e procedimentos escolares, media
relações, determina continuidades e rupturas, orienta a prática pedagógica.
Concordo com a percepção da autora, pois a tarefa docente de avaliar é muito
difícil, visto que o professor enfrenta muitas dúvidas provindas de tensões
decorrentes de uma dada necessidade para se chegar a uma conclusão satisfatória
sobre aprendizagem dos alunos e alunas, já que avaliar um aluno não é algo
trivial, que podemos avaliar pelas suas notas em provas exercícios e pronto, assim essa prática de avaliação submete-se as ideias
de mérito, julgamento, punição e recompensa fazendo com que os avaliados sejam
distanciados e passem a existir entre eles uma hierarquia.
O professor ao utilizar a avaliação
classificatória sabe que os resultados obtidos não demostram o desempenho geral
de cada aluno, mas sim partes limitadas e imediatas do desempenho do aluno
naquele momento que estar sendo avaliado, desse modo classificatório o
professor não tem como saber realmente identificar o que o aluno aprendeu, em
consequência o professor não contribui em nada para uma melhor aprendizagem,
mas sim para o aumento da evasão escolar.
Já o modelo classificatório que é
trabalhado geralmente num processo quantitativo, surge com uma saída, o
processo qualitativo na avaliação, este centraliza-se na compreensão dos
processos dos sujeitos e da aprendizagem. Antes só o professor tinha a
responsabilidade no processo avaliativo, mas agora com o processo avaliativo
qualitativo todos participam, seja a comunidade e os alunos, todos juntos
colaborando para a reordenação de uma avaliação melhor.
É
importante enxergarmos que estamos em uma teia de relações na qual o processo
escolar de avaliação é centrado nesta teia, que liga estudantes, professores,
famílias, procedimentos didáticos, organização pedagógica, relações pessoais,
relações institucionais, afetos, projetos, contexto social, saberes,
não-saberes e tantos outros elementos que possam estar relacionados ao
cotidiano escolar. ESTEBAN fala que a avaliação pretende promover uma reflexão
que participe da experiência de ensinar com e a de aprender com, tecida
coletivamente na sala de aula, na sala de professores, no pátio, no refeitório,
no banheiro, nos corredores, no portão, na biblioteca, nos tantos outros
lugares por onde transitam os sujeitos que se encontram na escola para realizarem
juntos um trabalho que visa à ampliação permanente do conhecimento. Tenho em
vista que para que uma professora avalie, ao ela dar sua nota, quem recebe sua
nota ao mesmo tempo avalia a professora, quanto à nota dada pela mesma. Diferentemente
do modelo classificatório que é trabalhado geralmente num processo
quantitativo, surge com uma saída, o processo qualitativo na avaliação, este
centraliza-se na compreensão dos processos dos sujeitos e da aprendizagem.
Antes só o professor tinha a responsabilidade no processo avaliativo, mas agora
com o processo avaliativo qualitativo todos participam, seja a comunidade e os
alunos, todos juntos colaborando para a reordenação de uma avaliação
melhor.
Referência:
ESTEBAN, Maria Teresa. Ser Professora: avaliar e a ser avaliada. In: ESTEBAN, Maria Teresa (org.). Escola, currículo e avaliação. 2.ed. São Paulo, Cortez, 2005, p.13-37.
Nenhum comentário:
Postar um comentário